domingo, 30 de janeiro de 2011

Será que não faríamos o mesmo?




Imaginem uma nave de pesquisas terrestres, no ano 10010 DC, daqui a oito mil anos. Já teremos conseguido dobrar a velocidade da luz muitas vezes e o espaço já não será tão distante assim.
O que para nós ainda é apenas um sonho para esta tripulação já seria real há muito tempo. Comparando-a a modernos porta aviões estes seriam do tamanho de um pequeno bote se colocados ao seu lado. A rota desta nave já teria sido planejada e seu caminho mapeado, pois já estaria há 10 anos no espaço. Supercomputadores calculariam seu destino à incrível velocidade, e seus sensores observariam o espaço à frente para evitar colisões com planetas, meteoros errantes e qualquer outro astro.
Sua principal missão, encontrar minérios quase extintos na terra e informar sua localização. Muitos dos cientistas a bordo dela, optaram pela aventura de explorar o espaço, principalmente por acreditarem que não estamos sós no universo, e querem ser os primeiros a estudar a vida fora da terra.
Mas a rotina da nave seria alterada. Fora da rota planejada, os computadores teriam detectado algo incrível - um grande sistema planetário com 3 planetas . Apenas um dos planetas, com o dobro do tamanho de Júpiter, mostra ter atmosfera com oxigênio e indicio de vida primitiva.
Rapidamente a missão é interrompida e o curso da nave alterado em direção ao misterioso planeta. Entrando na órbita do planeta, as leituras dos sensores deixam todos à bordo empolgados - há registros de vida animal,rios,lagos,mares e também um grupo humanóide, que vive a beira de um grande rio, onde se localizada sua aldeia. A única diferença é que medem em torno de 3 metros .
Então o capitão da espaçonave dá ordens, sondas são lançadas para estudar o planeta, principalmente, seus habitantes humanóides. O formato destas sondas é esférico, pois as fazem vencer a resistência do ar com grande eficiência.
As primeiras imagens do planeta deixam os cientistas agitados - animais exóticos, vegetação com grande variedade e, finalmente, humanóides em sua aldeia, alguns pequenos barcos e algo parecido com redes de pesca no rio. Pequenas áreas sendo cultivadas em um estágio semelhante ao período Neolítico da Terra.
Os cientistas iniciam a coleta de amostras do solo do planeta, dos animais, vegetais, de tecidos e sangue, além de examinar seus habitantes que devem ser sedados e não lembrar o que aconteceu, a fim de acompanhar seu desenvolvimento e rastreá-los para saber suas doenças e se podem transmiti-las. Seria a grande chance de estudar o desenvolvimento de uma civilização, semelhante à terrestre, conhecida apenas através dos livros de história.
O contato com os humanóides deveria ser evitado. Sondas analisariam os indivíduos colhendo amostras de sangue e tecidos, os exames mais detalhados, seriam feitos pelos próprios cientistas, com os humanóides a bordo. Todos seriam devolvidos ao seu planeta, a não ser que ordens vindas diretamente da terra exigissem um humanóide para estudos.
‘ Seria feito um grande estudo sobre sua fisiologia, e todos os dados enviados à Terra.
Bem, para mim isto é abdução. Hoje ficamos chocados com alguns relatos de abdução, mas eu pergunto, será que no futuro nossos decendentes não farão o mesmo?
Para eles e até para nos um povo no inicio do período Neolítico é considerado tão atrasado que nos sentiriamos superiores a esta cultura que estaria apenas começando, semelhante a quando os europeus encontraram os índios em terras brasileiras. Sabemos o que aconteceu, mas será que cometeremos este mesmo erro no espaço?
Será que este não é o sentimento dos povos extraterrestres que estão abduzindo por todo planeta?
Sinceramente espero que não, e espero que esta narrativa de ficção nunca se torne realidade em um futuro para nós muito distante.